A VERDADEIRA BIOGRAFIA DO PINTOR CARLOS BALLIESTER

nome: Carlos Balliester d'Albuquerque Paes.
nascimento: 03 de dezembro de 1873
local: Rio de Janeiro
filiação :Antonio Joaquim d'Albuquerque Paes
Joana Balliester d'Albuquerque Paes
naturalidade: Rio de Janeiro
nacionalidade: Brasileira


falecimento: 26 de outubro de 1926
local: Rio de Janeiro
Dia 26 de outubro de 2011 completou
85 anos da morte de Carlos Balliester


Marinha Noturna - OST -1923

Marinha Noturna - OST -1923
Esse quadro é apaixonante! Leila Balliester

CRUZADOR ALMIRANTE BARROSO

CRUZADOR ALMIRANTE BARROSO
1899 - óleo s/tela -Museu Naval

Sua Vida....BALLIESTER



Nome estrangeiro em tipo brasileiríssimo. Alto,magro,grisalho, olhar vivo, profundo, através das lunetas verrumantes de aspecto tímido na roupa usada de funcionário modesto, no jeito humilde com que saudava a gente no caminho.
Feliz era vê-lo no aconchego familiar dos seus pincéis, das suas tintas, das suas palhetas, das suas tampas de caixas de charutos. Estas andavam a granel. Lixava-as com ardor. Polia-as;adelgaçava-as na superfície lisa, como o mar tranqüilo que dentro em pouco se derramava em cobalto, azul e plácido como um seda esticada donde emergia a fragata, o patacho, o brigue, o couraçado, bem urgido, desenhado a rigor, batido do sol claro do oceano, que ele levou, como o único prêmio, na gratidão da retina morta.Sua paixão era a Marinha de Guerra.Não houve nau de seu tempo que ele não houvesse pintado.

Nunca esboçava a esmo, por fantasia, sem prévio estudo do modelo, apavorado de algum erro técnico. Para isso, conhecia a Marinha em peso. Era íntimo de todo o Almanaque do Pessoal da Armada.Era sempre animado e distinguido em qualquer roda da Marinha.
Conhecia de perto a arrevasada terminologia marítima, do velame ao maçame das complexas galeras. Poderia como lustre ter regido um cadeia de aparelho náutico, com a vantagem de saber desenhar toda as peças do opulento compêndio de Chavantes. Falava em gáveas, traquetes, papafigos, gurupés, retinidas, bujarronas, como um mestre do tempo da Bahiana.

Alexandrino, ministro, achava-lhe imensa graça, provocava-lhe a verve esfusiante, como se arengasse, na algaravia maruja, com um companheiro de classe. E sempre encontrava um jeito de proteger o belo artista, adquirindo-lhe um Barroso, elegante, um S.Paulo magnífico, um Benjamim a todo o pano, um bosqueiro qualquer do infinito cenário das ondas, coleção numerosa que hoje ilustra todas as unidades de combate, todas as salas do Ministério, todas as casas dos marinheiros, desde os solares dos Almirantes, no Leblon ou em Botafogo, ao tugúrio dos subalternos, em Madureira ou Brás de Pina.Em toda parte, de qualquer dimensão, um Balliester. Tão popular e acatado, de composição inconfundível, como o próprio artista humilde que assinava essas telas de mérito.Até no Japão, dizia ele ufano, havia trabalhos seus, levados pelas embaixadas.

Para a grande arte, a arte de pose e pergaminhos, ele foi, entretanto, um obscuro. Nunca fez parte das camarilhas bajulatórias nem tinha roupas para se apresentar em lista de banquetes Distraia-se, como uma crença, em pintar coisas do mar, que era o seu ídolo. Lutou e venceu sozinho.
Ninguém lhe deu a mão para galgar a mais ligeira encosta. Jamais passou de escriturário da Prefeitura. E foi-se deste mundo sem vintém, com a consciência tranqüila e os olhos bons, molhados de saudade, onde boiavam, com uma exposição de marinhas, os navios de uma grande esquadra.


Escrito por Gastão Penalva - Jornal do Brasil , em 24/07/1940

Vista da Baia de Guanabara

Vista da Baia de Guanabara
Niterói

Av.Niemeyer

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Óleo s/tela- 1921

PRAIA DE IPANEMA

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1925 - óleo s/tela

Ipanema

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1918

Natureza Morta

Natureza Morta
Uma raridade

Capa

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"Contratorpedeiro Piauí"1919

"Contratorpedeiro Piauí"1919
Contra capa

Homenagem Pós Morte - 1978

Homenagem Pós Morte - 1978
III MOSTRA DA PRIMAVERA - ESCOLA NAVAL
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